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Parece que algo pode estar te incomodando. O pânico pode ser uma sensação muito intensa e assustadora.
Se você estiver se sentindo sobrecarregado ou em um estado de pânico, aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a acalmar:
Respire Fundo: Inspire profundamente pelo nariz e expire lentamente pela boca. Repetir isso algumas vezes pode ajudar a acalmar o sistema nervoso.
Concentre-se no Presente: Tente se concentrar no que está ao seu redor, identificando objetos, sons e texturas. Isso pode ajudar a tirar a mente da fonte do pânico.
Visualização: Imagine um lugar tranquilo e seguro, onde você se sente calmo e feliz.
Fale com Alguém: Se possível, converse com alguém de confiança sobre o que está sentindo. Às vezes, expressar seus sentimentos pode ajudar a aliviar o pânico.
Movimente-se: Faça uma caminhada leve ou algum alongamento suave para ajudar a liberar a tensão acumulada.
Aqui estão alguns estudos e abordagens:
Teoria do Alarme Falso de Sufocamento: Desenvolvida por Donald F. Klein, essa teoria sugere que os ataques de pânico são causados por uma resposta fisiológica exagerada a uma sensação de sufocamento ou falta de ar.
Teoria do Papel Dual da Serotonina na Ansiedade e Pânico: Pesquisadores como John F. Deakin e Frederico G. Graeff propuseram que a serotonina desempenha um papel duplo na regulação da ansiedade e do pânico.
Estudos sobre Modelos Translacionais: Pesquisas realizadas no Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo, sob a coordenação do professor Luiz Carlos Schenberg, investigaram os circuitos cerebrais envolvidos na ansiedade, medo e pânico em seres humanos e animais.
Combinação de Psicoterapia Comportamental-Cognitiva e Psicofarmacoterapia: Estudos recentes mostraram que a combinação de antidepressivos e psicoterapia comportamental-cognitiva tem bons resultados no tratamento do transtorno do pânico.
Prevenção e Tratamento Precoce: Pesquisas têm se voltado para o estudo de estratégias de prevenção do transtorno do pânico desde a infância, com o objetivo de reduzir a cronicidade e a morbidade do transtorno.
Esses estudos contribuíram significativamente para o entendimento do transtorno do pânico e para o desenvolvimento de tratamentos eficazes.
De acordo com o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição), os transtornos de pânico são classificados da seguinte forma:
Transtorno do Pânico (300.01 - F41.0)
Critérios Diagnósticos:
Ataques de pânico recorrentes e inesperados: Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:
Palpitações, coração acelerado, taquicardia
Sudorese
Tremores ou abalos
Sensações de falta de ar ou sufocamento
Sensações de asfixia
Dor ou desconforto torácico
Náusea ou desconforto abdominal
Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
Calafrios ou ondas de calor
Parestesias (formigamento ou anestesia)
Desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo)
Medo de perder o controle ou “enlouquecer”
Medo de morrer
Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características:
Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (por exemplo, perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”)
Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (por exemplo, comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a evitação de exercícios ou situações desconhecidas)
A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (por exemplo, droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica (por exemplo, hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (por exemplo, os ataques de pânico não ocorrem apenas em resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade social; em resposta a objetos ou situações fóbicas circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo; em resposta à evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação).
LEIA:
O QUE É O MEDO
https://youtu.be/rm5O2Q97dhA?t=29
O medo é uma emoção natural e fundamental que ocorre em resposta a uma ameaça percebida ou a um perigo real.
Ele desempenha um papel crucial na sobrevivência, preparando o corpo para a resposta de "luta ou fuga" (fight or flight), que envolve uma série de reações fisiológicas destinadas a enfrentar ou evitar o perigo.
Características do Medo:
Resposta Fisiológica: Inclui aumento dos batimentos cardíacos, respiração rápida, dilatação das pupilas e liberação de adrenalina.
Resposta Cognitiva: Envolve a avaliação e interpretação da ameaça, bem como a decisão sobre como reagir.
Resposta Comportamental: Pode levar a ações como fugir, se esconder, ou enfrentar a ameaça.
Resposta Emocional: Sensações de ansiedade, nervosismo e pavor.
Função do Medo:
Proteção: Ajuda a evitar situações perigosas e a proteger-se de ameaças.
Aprendizado: Ensina a evitar comportamentos ou situações que podem causar danos no futuro.
Tipos de Medo:
Medo Racional: Baseado em ameaças reais e presentes (por exemplo, medo de um animal perigoso).
Medo Irracional: Também conhecido como fobia, é desproporcional à ameaça real e pode ser desencadeado por estímulos específicos (por exemplo, medo de aranhas).
Causas do Medo:
Experiências Passadas: Traumas ou situações perigosas que condicionam o indivíduo a sentir medo em situações semelhantes.
Evolução: Mecanismos de sobrevivência herdados dos ancestrais.
Cultura e Sociedade: Normas e valores sociais que influenciam o que é considerado ameaçador.
Gerenciamento do Medo:
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ajuda a identificar e modificar pensamentos e comportamentos negativos associados ao medo.
Técnicas de Relaxamento: Como a meditação e a respiração profunda para reduzir a ansiedade.
Exposição Gradual: Enfrentar gradualmente a fonte do medo sob orientação profissional para dessensibilização.
O medo, quando em níveis normais, é uma emoção saudável que nos ajuda a evitar perigos e a tomar decisões prudentes. No entanto, quando se torna excessivo ou irracional, pode ser prejudicial e limitar a qualidade de vida, sendo importante buscar ajuda profissional se necessário.
O medo tem suas origens tanto em aspectos biológicos quanto em contextos culturais e sociais.
Origens Biológicas do Medo
O medo é uma resposta evolutiva fundamental que ajuda a proteger os seres humanos e outros animais de ameaças à sua sobrevivência. Alguns pontos principais sobre as origens biológicas do medo são:
Evolução: O medo evoluiu como um mecanismo de defesa para aumentar as chances de sobrevivência. Indivíduos que respondiam rapidamente a ameaças tinham mais chances de sobreviver e passar seus genes adiante.
Cérebro e Sistema Nervoso: A amígdala, uma estrutura no cérebro, desempenha um papel crucial na formação e resposta ao medo. Quando detecta uma ameaça, ela envia sinais para outras partes do cérebro e corpo, preparando o indivíduo para a resposta de "luta ou fuga".
Adrenalina: Em situações de medo, o corpo libera adrenalina, que aumenta a frequência cardíaca, melhora a circulação sanguínea e prepara os músculos para uma ação rápida.
Relação com as Crenças Culturais e Sociais
As crenças e os valores culturais influenciam significativamente como os indivíduos percebem e respondem ao medo. Alguns exemplos de como as crenças podem moldar o medo são:
Religião e Espiritualidade: Muitas culturas têm crenças religiosas e espirituais que explicam e enfrentam o medo. Por exemplo, algumas culturas acreditam em espíritos ou forças sobrenaturais que podem causar medo e desenvolvem rituais ou práticas para apaziguar essas forças.
Normas Sociais: As normas e expectativas sociais podem criar medos específicos, como o medo do fracasso, do julgamento social ou da rejeição. Esses medos são moldados pelas experiências e interações sociais.
História e Tradição: Eventos históricos e traumas coletivos podem criar medos culturais específicos. Por exemplo, sociedades que passaram por guerras ou desastres naturais podem desenvolver medos específicos relacionados a essas experiências.
Educação e Socialização: Desde a infância, as pessoas são ensinadas a ter medo de certas coisas e a evitar certos comportamentos por meio da educação e socialização. Isso pode incluir medos de animais, situações perigosas ou comportamentos socialmente inaceitáveis.
Exemplos Culturais de Medo
Medo do Mau-Olhado: Em muitas culturas, há uma crença no mau-olhado, onde se acredita que uma pessoa pode causar dano a outra através de um olhar invejoso ou mal-intencionado. Isso pode levar ao uso de amuletos e práticas para proteger contra esse tipo de mal.
Medo de Espíritos ou Fantasmas: Algumas culturas têm histórias e mitos sobre espíritos e fantasmas que podem assombrar os vivos. Isso pode levar a comportamentos específicos para evitar esses espíritos ou proteger-se deles.
Medo de Tabus Sociais: Em sociedades com normas sociais rígidas, há medos associados à violação desses tabus, como o medo de desonrar a família ou a comunidade.
O medo, portanto, é uma emoção complexa que tem raízes tanto biológicas quanto culturais. Ele ajuda a proteger os indivíduos e as comunidades, mas também pode ser moldado por crenças e valores específicos.
Existem diversos estudos importantes sobre o medo
que ajudaram a entender melhor essa emoção e suas implicações. Aqui estão alguns dos principais estudos e abordagens:
Estudos Neurocientíficos sobre a Amígdala: Pesquisas mostraram que a amígdala, uma estrutura no cérebro, desempenha um papel crucial na formação e resposta ao medo. Estudos neurocientíficos sugerem que o processo de sentir medo é decidido em uma "democracia neural", onde alguns neurônios sensíveis enviam um sinal de alarme e o restante dos neurotransmissores decidem se respondem ou não1.
Teoria do Medo Aprendido: Um experimento controverso realizado com crianças na década de 1950, conhecido como o experimento de Little Albert, demonstrou que a exposição a circunstâncias traumáticas ensina ao cérebro a temer estímulos que anteriormente não eram detectados como ameaçadores.
Estudos sobre a Imobilidade Defensiva: Pesquisas mostraram que a imobilidade defensiva é um mecanismo presente em quase todas as espécies de mamíferos. Diante de uma ameaça em potencial, os músculos endurecem e a frequência respiratória diminui, preparando o corpo para a resposta de "luta ou fuga"1.
Transformação do Medo em Alegria: Em 2014, neurocientistas conseguiram converter a sensação de medo em prazer em ratos, estimulando determinadas zonas cerebrais enquanto os roedores eram expostos a uma ameaça. Isso sugere que é possível modificar a resposta ao medo através de intervenções cerebrais.
Medo e Cultura Contemporânea: Um estudo publicado na SciELO aborda como o medo é construído socialmente e como ele adquire diferentes formas no cenário contemporâneo. O estudo discute o medo patologizado, como ocorre na síndrome do pânico, a busca do prazer através do medo e as precauções em torno da segurança pessoal2.
Esses estudos contribuíram significativamente para o entendimento do medo e para o desenvolvimento de tratamentos e estratégias para gerenciá-lo.
https://youtu.be/KwYD0ZiUv4o?t=68
https://www.youtube.com/watch?v=bOrhQUf5X2U
Os pontos mais importantes desse modulo que eu gostaria que você lembrasse são:
O transtorno de pânico é caracterizado por ataques de pânicos que são experiências de intenso medo ou desconforto, que aparecem de maneira inesperada. No transtorno de pânico, o indivíduo tem o medo constante de ter outro ataque de pânico ou da consequência catastrófica que ele imagina que um ataque de pânico pode acarretar. Com isso, ele se comporta de maneira a “evitar” outro ataque de pânico, através da evitação ou comportamentos de segurança.
A segunda coisa é que o modelo cognitivo do ataque de pânico enfatiza o papel da interpretação catastrófica dos sintomas do pânico. Essa interpretação leva à sintomas ainda mais intensos, uma interpretação mais intensa, isso forma um ciclo que acaba em um ataque de pânico.
O que pode fazer um cliente que teve um ataque de pânico desenvolver um transtorno de pânico é:
Quando o cliente fica hipervigilante aos seus sintomas.
Evita situações que podem ativar seus sintomas.
E usam comportamentos de segurança para tentar prevenir a catástrofe de acontecer.
Terceiro:
O tratamento começa com um registro de pânico.
Depois, a interpretação catastrófica é avaliada com questionamento socrático sendo desenvolvido uma resposta com explicações alternativas.
As exposições interoceptivas são utilizadas para ajudar os clientes avaliarem a causa e o resultado das sensações temidas na sessão e entre as sessões.
Exposições in-vivo são utilizadas para neutralizar a evitação de situações temidas.
Durante as exposições, os clientes se esforçam para eliminar seus comportamentos de segurança, aceitar os sintomas, incomodo e a ansiedade.
https://club.academiadatcc.com.br/curso/transtornos-da-ansiedade